Por Clarissa Dias Nascimento.

 

No dia 7 de fevereiro de 2021 a população equatoriana irá às urnas para escolher seus próximos Presidente e Vice-Presidente, além de 5 representantes para o Parlamento Andino e 137 representantes para a Assembleia Nacional.

 

  • O número de candidaturas para o cargo de Presidente da República bateu recorde histórico, uma vez que se apresentaram 17 aspirantes ao cargo. O Conselho Nacional Eleitoral é o responsável por aprovar essas candidaturas, e atualmente são 14 as chapas homologadas.
  • O ex-presidente Rafael Correa, que governou o país por dois mandatos e foi condenado a oito anos de prisão por corrupção, tentou concorrer ao cargo de Vice-Presidente na chapa encabeçada por Andrés Arauz. Eles concorreriam pela coalizão União Nacional para a Esperança (UNES).
  • Segundo a CEDATOS, em pesquisa divulgada no dia 28 de outubro, o empresário Guillermo Lasso figura em primeiro lugar nas intenções de voto, com 30%, a frente de Andrés Arauz, com 19% das intenções, e de Yaku Pérez, candidato pelo partido indígena Pachakutik, que detém 10%. O atual presidente do Equador, Lenín Moreno, figura com apenas 2% das intenções de voto

 

O novo governo, que assumirá em 24 de maio de 2021 e  possui a previsão para governar até 2025, enfrentará grandes desafios diante dos reflexos da crise sanitária desencadeada pela pandemia e a crise econômica que assola o país. Cabe mencionar que o ano de 2019 foi marcado pela ocorrência de grandes manifestações populares contra medidas de austeridade impostas pelo governo de Lenín Moreno, relembrando cenas típicas do ápice da instabilidade política do país, entre o final da década de 1990 e o começo do século XXI. Consequentemente, os rumos a serem assumidos pela nova gestão serão decisivos para mensurar o papel que o Equador cumprirá no panorama político sul-americano dos próximos anos.